Eu já não
sei o que dizer,
que vida monótona
que nada apetece fazer
Os dias parecem iguais
é sempre a mesma história,
cai a noite, vem a madrugada
e és tu que vens à memória
Memória que teima
em não te esquecer,
e a saudade faz de
mim o que lhe apetecer
Estou sem forças e
completamente rendida,
quando mais penso
mais me sinto perdida
Como a noite precisa da lua
o dia precisa do sol,
somos como a arte nua e
como a simplicidade do girassol
Como nós precisamos de água
eu preciso muito mais de ti,
e eu espero que o amanhã
venha como eu pedi
Que a tarde passe acelarada
que a madrugada chegue devagar,
que o tudo não se torna nada
que o junto não tenha que separar
O sorriso substitui a lágrima
as palavras ganham sentido,
o fogo vira uma única chama
o ódio encontra-se perdido
Mas a saudade teima em reinar
num reinado que não é dela,
o amor orgulhoso não quer falar
e o sol já não tem cor amarela
O silêncio torna-se convidado
sem ter recebido convite,
a cabeça quer te esquecer
mas o coração não permite
O "Às vezes" torna-se "tanto faz"
o "vamos tentar" torna-se "não dá",
a guerra dentro de mim não traz paz
e não se sabe o amanhã
O "vai" transforma-se em "volta"
o "esquece" significa "não esqueças",
o medo não faz batota
porque imagina o dia que desapareças
O "bem" toma o lugar do "mal"
o "depois" muda para "agora",
na história és a personagem principal
e "1minuto" já não é "1hora"
O "presente" parece-me a eternidade
e eu quero ser as ondas do teu mar,
então a "mentira" tornou-se "verdade"
o ódio é sinónimo de amar
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