quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Porta Fechada

Seguro a lágrima
com calma,
dor na alma,
que grita e chama
Mas não me acalma

Palavra não pronunciada
anedota sem piada,
saudade apaixonada
(por muito) mas sem nada

A boca fala,
o significado cala,
a palavra falha,
eu não consigo chamá-la

Fogo ardente,
saudade presente,
coração não sente
acha que a cabeça lhe mente

Porta fechada,
chave perdida,
o amor é uma "fachada"
completamente desmedida

Tocar sem sentir,
deitar sem dormir,
escutar sem ouvir,
chorar a sorrir

Fotografia tirada,
agora recordada,
já não tenho nada
a porta está fechada

Memórias recordadas,
histórias contadas,
a gente vive de "nadas"
a gente vive apaixonada

Mar e rio,
saudade de quem partiu
e nem sequer ouviu
simplesmente fugiu
Continuei a segurar o fio
da história que nos seguiu,
achei ainda que estava no ínicio,
achava que ainda era propício
considerar-te o meu vício,
mas para meu benefício,
considerei tudo fictício
E só foi um sacrificio
para quem o sentiu

Podes vir na porta bater
mas não vai adiantar,
escusas de aparecer
porque não há volta a dar

Para todo o efeito
a chave está perdida,
a dor que está no peito
ainda da tua despedida

Mas não resta nada a dizer
a uma história por escrever,
que só acrescentou tanto sofrer
por não a poder viver